Mateus
19:9 se aplica aos dois cônjuges: Se um adultera, o outro está livre para se
divorciar e casar novamente.
Mateus
19:9 Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por
causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a
repudiada também comete adultério.
*Problemas
nos Casamentos (1 Cor 7)*
Nos
versículos 10–24, Paulo faz seus comentários sobre os casamentos problemáticos.
Ele considera dois cenários. O primeiro é um casamento Cristão onde ambos,
marido e mulher, são salvos (Vs. 10-11). Se a esposa tiver de deixar o marido
por algum motivo (talvez a crueldade dele), ela deve permanecer separada e não
se casar novamente. Da mesma forma, o marido não deve se divorciar de sua
esposa se ela o deixar. A razão é que pode haver uma oportunidade mais tarde
para se “reconciliarem”. Se um ou ambos seguirem em frente e se casarem
novamente, isso se tornaria impossível. Este foi um “mandamento” apostólico do
Senhor.
No
segundo cenário, Paulo não estava dando um mandamento apostólico do Senhor, mas
seu conselho apostólico. Tem a ver com um casamento de incrédulos, onde uma das
partes é salva. Assim, resulta um casamento misto - um parceiro é salvo e o
outro não (Vs. 12-24). Ele não está se referindo a um Cristão que desobedeceu
as Escrituras e se casou com um incrédulo. É, antes, uma situação que
prevalecia em lugares onde o evangelho era novo - onde a graça de Deus penetra
em um lar onde ambos, marido e mulher, estão perdidos, e um é salvo. Há
misericórdia nesses casos, como o Apóstolo continua explicando.
Ele
mostra que o parceiro incrédulo está em um lugar de favor exterior no
Cristianismo. “o marido descrente é santificado pela mulher (crente)” (V. 14).
Nos tempos do Antigo Testamento, se um Judeu se casava com um pagão, ele (ou
ela) se profanava a si mesmo (Ed 9:1-5; Ne 13:23-28). No Cristianismo, é o
contrário; se a graça de Deus trabalhou em um lar e uma pessoa foi salva, o
parceiro incrédulo é santificado por sua conexão com seu parceiro crente. Mesmo
ele sendo santificado, ainda é um incrédulo! Isso pode parecer estranho, mas é
apenas uma santificação “externa” ou “relativa”.
Em
tais casamentos mistos, se houver renúncia (abandono) voluntária por parte do
incrédulo, o crente está livre para se casar novamente. Nota: o apóstolo não dá
liberdade para o parceiro crente partir e se casar novamente (Vs. 15-16).
Assim, a Escritura permite o novo casamento sob três condições:
•
Morte (Rm 7:2; 1 Co 7:39).
•
Renúncia (abandono) (1 Co 7:15). - quando o cônjuge descrente desiste do
casamento
•
Infidelidade (Mt 19:9).