sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Discussões entre irmãos

 

Hebreus 12:14 

Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor;


Ontem na reunião de ministério da Palavra um irmão falou um pouco sobre o envolvimento de alguns irmãos em discussões políticas calorosas nas redes sociais, mesmo entre os irmãos. 


Eu achei preciosa a Palavra e *anotei alguns versículos* sobre os quais ele discorreu. 


A palavra pura e simplesmente nos ensina qual deve ser nosso agir diante da confusão e conflito político da atualidade. 


Humilhai-vos, pois, *debaixo da potente mão de Deus,* para que a seu tempo vos exalte; 1 Pe 5:6_


*Potente mão de Deus.* Tudo está sob Seu controle. 


_A cabeça daquela estátua era de ouro fino; o seu peito e os seus braços de prata; o seu ventre e as suas coxas de cobre; As pernas de ferro; os seus pés *em parte de ferro e em parte de barro* (nosso governo hoje).  Estavas vendo isto, quando uma pedra (figura do Senhor) foi cortada, sem auxílio de mão, a qual *feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou.* Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como pragana das eiras do estio, e o vento os levou, e não se achou lugar algum para eles; *mas a pedra, que feriu a estátua, se tornou grande monte, e encheu toda a terra.* Dn 2:32-35_


O Senhor destruirá todos os governos para reinar como único Senhor.


_ Falou Daniel, dizendo: Seja bendito o nome de Deus de eternidade a eternidade, porque dele são a sabedoria e a força; E ele muda os tempos e as estações; *ele remove os reis e estabelece os reis;* ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos.  Dn 2:20,21_


O Senhor não precisa da “nossa ajuda” para remover ou estabelecer uma autoridade. 


Desejando Pilatos soltar a Jesus, insistiu ainda. *Eles*, porém, mais *gritavam:* Crucifica-o! Crucifica-o! Lc 23:20,21_


A voz do povo é a voz de Deus? Não! O povo escolheu crucificar o Senhor!


Como devemos agir? Que lado escolher? 


_*Não andeis ansiosos* de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus. Fp 4:6,7_


Devemos respeitar e orar pelas autoridades, pois todas elas foram instituídas por Deus: 


Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, *orações, intercessões, e ações de graças,* por todos os homens; Pelos reis, e por *todos os que estão em eminência,* para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade; Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador. 1 Tm 2:1-3_


Então, Pilatos o advertiu: Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar? Respondeu Jesus: Nenhuma autoridade terias sobre mim, *se de cima não te fosse dada;* Jo 19:10,11_


Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque *não há autoridade que não proceda de Deus;* e as autoridades que existem foram por ele instituídas. Rm 13:1_


E por último, temos a exortação de Pedro quanto ao nosso caminhar: peregrinos e forasteiros.


_ Amados, exorto-vos, como *peregrinos* (andante, viajante) e *forasteiros* (estrangeiro) que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma._ 

_*Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor,* quer seja ao rei, como soberano, quer às autoridades, como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores como para louvor dos que praticam o bem. 1 Pe 2:11, 13, 14._


sexta-feira, 12 de agosto de 2022

UM CRISTIANISMO VIVO (2): CONHECER JESUS

 








Jesus respondeu:... Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar t

estemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz. João 18:37


UM CRISTIANISMO VIVO (2):  CONHECER JESUS


Em sua biografia, Ernest Gordon conta como se converteu a Cristo na Tailândia, quando era

prisioneiro de guerra dos japoneses. Ele e outros companheiros de infortúnio estavam

encarregados de construir a famosa ponte sobre o rio Kwai.

Ali, sob condições cruéis, Gordon e alguns prisioneiros decidiram investigar

o que o cristianismo realmente era. “Muito rapidamente”, escreve, “nos pusemos

a ler a Bíblia todas as noites em um lugar afastado do acampamento.

Por meio da leitura da Palavra aprendemos a conhecer ao Senhor Jesus. Como nós,

Ele não tinha moradia, nem amigos da alta sociedade. Também conheceu a fome,

o cansaço, o sofrimento, o desprezo… Ao mesmo tempo era um homem que

podíamos admirar, o tipo de amigo que desejaríamos ter, o chefe que poderíamos seguir.

Sua humanidade nos fascinava. Embora fosse um operário, nem a sociedade,

nem os religiosos de Seu tempo, nem Satanás conseguiram detê-Lo.

Foi pregado em uma cruz, porém Sua própria morte tem um sentido,

porque Ele carregou todas as nossas faltas. Agora está vivo.

O amor que Jesus expressou tão intensamente (até a morte)

era o amor de Deus, um amor centrado nos demais e não em Si mesmo.

Deus Se revelava a nós por meio de Jesus, o carpinteiro de Nazaré.

A verdade que buscávamos se identificava com Jesus.”


(Concluído)


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quinta-feira, 11 de agosto de 2022

UM CRISTIANISMO VIVO (1)

 

Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio duma geração corrompida e perversa. Filipenses 2:15


UM CRISTIANISMO VIVO (1)


Ernest Gordon escreveu: “Era 1943. Eu era prisioneiro de guerra, e juntamente com outros companheiros devíamos construir uma via férrea na selva e uma ponte sobre o rio Kwai para chegar à Birmânia (atual Mianmar). Quando nos dirigíamos ao trabalho, os nativos nos tratavam com indiferença ou desprezo. Certa vez, chegamos a uma aldeia onde as pessoas se aproximaram de maneira tão diferente que ficamos surpresos. Os olhos dos que se apertavam à beira da estrada para nos ver passar eram compassivos. Antes de sairmos daquela aldeia, os habitantes tinham voltado carregados de bolos, bananas, ovos, medicamentos e dinheiro que nos ofereceram amavelmente. Mais tarde soubemos que aquela aldeia tinha se convertido ao Evangelho. A luz do cristianismo havia brilhado nesse rincão da selva graças ao trabalho de uma missionária que teve de fugir depois que a guerra estourou. Esses breves contatos com o mundo exterior nos lembravam de que felizmente ainda existia um modo de vida mais humano. Sem palavra alguma, a mensagem do autêntico cristianismo havia sido transmitida”.


O que o apóstolo Paulo disse acerca dos coríntios pode ser aplicado àqueles aldeões: “Sois a carta de Cristo, ministrada por nós, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração” (2 Coríntios 3:3).


(Continua)


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quarta-feira, 6 de julho de 2022

EM BUSCA DE UMA ESPOSA

   








 EM BUSCA DE UMA ESPOSA


O assunto do casamento é apresentado ao jovem no capítulo 5 (Provérbios). Uma vez que hoje em dia algo em torno de 50% dos casamentos na América terminam em divórcio, a instrução nesta área é muito necessária. A lição anterior sobre a direção do Senhor (capítulo 4:20-27) está bem aprendida; Nunca poderia ser mais importante do que quando procura por uma esposa.


Não é errado querer casar-se, pois a Bíblia diz: "Venerado seja... o matrimônio" (Hb 13: 4). Também não é errado que um jovem busque uma esposa, pois também diz: "O que acha uma mulher acha uma cousa boa" (Provérbios 18:22; 31:10; Gn 24). No entanto, milhares de jovens bem-intencionados trouxeram tristeza e desgosto em suas vidas, unindo-se com a pessoa errada. Com isso em mente, o jovem é ensinado em o que deve procurar numa possível esposa, e no que prestar atenção.


"FILHO meu, atende à minha sabedoria: à minha razão inclina o teu ouvido: Para que conserves os meus avisos e os teus lábios guardem o conhecimento. Porque os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais macio do que o azeite; Mas o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois fios. Os seus pés descem à morte: os seus passos firmam-se no inferno."(Provérbios 5: 1-5).


O capítulo descreve duas mulheres - a errada (versículo 3-13) e a correta (versículos 15-21). Uma é chamada de "a mulher estranha" (vs. 3) e a outra é chamada de "a mulher da tua juventude" (vs. 18). A estranha mulher é mencionada cinco vezes nesta seção de Provérbios, enfatizando a importância de evitá-la.


A aparência dela é: o Ela é uma tagarela - ela tem o "dom de falar" (Provérbios 2:16; 5:3; 6:24; 7:5; 7:21; 9:15).

o Ela é independente; Não vivendo na casa de seu pai, mas tendo seu próprio lugar (Provérbios 2:18).

o Ela é agressiva, "perseguindo" os meninos (Provérbios 6:26, 7:13, 7:15, 9:15).

o Ela é “barulhenta” e teimosa - não se caracteriza pela submissão (Provérbios 7:11 - "não manejável", 9:13 "ruidosa" J.N. Darby)

o Ela não é uma menina trabalhadora. Nunca é mencionado dela o trabalhar com as mãos, enquanto as mãos da mulher virtuosa são mencionadas sete vezes (Provérbios 31:10-31). Ela é caracterizada como alguém que vive sentada (Provérbios 9:14).

o Ela se veste de maneira mundana com roupas e cosméticos (Provérbios 7:10, 16-17).

o Ela não sabe como lidar com o dinheiro (Provérbios 7:20).

o Ela pode agir espiritualmente quando necessário, tendo tido alguma formação religiosa (Provérbios 2:17; 5:14; 7:14).

o Ela tem moral desonesta (Provérbios 7:17-18).


Uma coisa importante para se encontrar uma “ajudadora” é saber o quê procurar nela. Cada pessoa dá um indicador da sua personalidade. Devemos, portanto, aprender a ler esse indicador. Ao indicar as características da menina da qual o jovem deve ficar longe, sua condição de discernimento é afinado.


É interessante que entre as duas mulheres neste capítulo está a solene realidade: "Quase que em todo o mal me achei no meio da congregação e do ajuntamento." (Provérbios 5:14). Isso mostra que você poderia facilmente se aproximar da pessoa errada na congregação dos santos! Você não tem nenhuma garantia de que, uma vez que uma menina vem às reuniões bíblicas, ela automaticamente seria uma boa esposa.


Então, na última parte do capítulo, o jovem é instruído sobre a relação que deve existir entre o marido e a mulher (Provérbios 5:15-21). A santidade e a fidelidade são tidas como as chaves para um casamento bem-sucedido (Provérbios 5:15-21). É claro que o Senhor deve primeiro ser o objeto de ambas as pessoas. O que deve marcar a "a mulher da tua juventude" são:


o Ela tem interesse nas coisas divinas (Provérbios 31:30).

o Ela reconhece o senhorio de Cristo (1 Coríntios 7:39).

o Ela permite que você tome seu lugar dado por Deus como líder na relação (1 Coríntios 9:5).

o Ela tem um espírito manso e quieto (1Pd 3:3-6).

o Ela não está ocupada em se enfeitar, mas sabe como aparentar bem (1 Tim 2:9-10, 1 Pedro 3:3-5, Provérbios 31:22).

o Ela é trabalhadora - sabe cozinhar e costurar, etc. (Provérbios 31:13-15 e 31:19).

o Ela pode manejar o dinheiro sabiamente (Provérbios 31:11; 31:16; 31:24).

o Ela apóia o serviço de seu marido para o Senhor (Comp. Provérbios 31:8-9 com 31:20).

o Ela tem moral correta (Provérbios 5:19).


O exercício para o jovem é aprender a identificar uma menina piedosa de uma menina mundana - alguém que será uma ajuda em sua vida de uma que não vai ser. O exercício de observar certos traços desejáveis ​​e indesejáveis ​​em uma menina pode ser empreendido muito antes de um jovem casar-se. Assim, nosso poder de discernimento será apurado.


Ao final do capítulo, o jovem é advertido do julgamento governamental relacionado com a infidelidade no casamento (Provérbios 5:22-23).


Bruce Anstey


quarta-feira, 15 de junho de 2022

IR APÓS UM GUIA

 

Boa Semente Devocional




[Jesus] viu… um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu. Mateus 9:9


IR APÓS UM GUIA


Quando alguém precisa andar por uma trilha desconhecida e difícil, é muito confortante contar com um guia, em cujas pegadas se possa pisar. Isso traz segurança, que outra pessoa providenciou. Maior ainda é a segurança que os filhos de Deus têm ao seguir o Senhor Jesus em sua caminhada de vida. Afinal, Ele nos redimiu por Sua morte expiatória e nos chamou para seguir Seus passos. Cristo passou muito sofrimento nas mãos das pessoas quando trilhou Seu próprio caminho aqui no mundo como Homem perfeito e absolutamente dependente de Deus. Pedro escreve que dessa forma Ele “deixou-nos o exemplo”, para que possamos seguir “as suas pisadas” (1 Pedro 2:21), Ele caminhou na nossa frente. Se quisermos segui-Lo com segurança, precisamos manter nossos olhos e pés em Suas pegadas. Talvez isso também represente sofrimento para nós, por Sua causa. Mas temos a promessa de que não apenas padeceremos com Ele, mas que também seremos glorificados com Ele (Romanos 8:17). As palavras de Davi no Salmo 17, acerca da ajuda recebida em sua caminhada de fé, mostram conceitos parecidos: ele menciona a oração (v. 1) e a Palavra de Deus (v. 4). Deus lhe indicava os “caminhos” pelos quais poderia andar sem que suas “pegadas” vacilassem (v. 5). Nossa vida de oração demonstra o quanto estamos realmente conscientes da nossa dependência de Deus; e a orientação confiável para nossos caminhos vem por meio da Sua Palavra e do Seu Espírito. Portanto, aceitemos com alegria a oferta do Senhor Jesus para garantir uma caminhada segura em meio a esse mundo cheio de perigos! Ele mesmo deu o exemplo: “Tenho posto o Senhor continuamente diante de mim; por isso que ele está à minha mão direita, nunca vacilarei” (Salmo 16:8).


Boa Semente

sexta-feira, 13 de maio de 2022

Por Este Menino Orava Eu


 

Por Este Menino Orava Eu


Muitas mães oraram por um filho com palavras semelhantes, mas bem menos deram seus filhos de volta para o Senhor com estas palavras. A realidade e propósito de coração dessa querida mulher, Ana, é admirável. Ela entendeu e queria cumprir seu papel de mãe, mas o Senhor havia fechado o seu ventre. As dificuldades e os exercícios que Ana passou para obter um filho podem seguramente encorajar cada mãe. Ela lidou com a rivalidade da outra esposa, Penina, e com a angústia que isso produzia em sua própria alma, e, embora seu marido a amasse, ele não entendia a necessidade dela; depois, Eli, o sacerdote, foi duro com ela. Nenhuma dessas adversidades a impediu de persistir. Ela foi ao Senhor em oração. Seu pedido foi atendido quando ela abdicou de ter um filho para satisfazer seus próprios desejos e prometeu dedicá-lo ao Senhor. Vemos mais tarde como o Senhor precisava daquela criança para testemunhar e substituir os falhos sacerdotes da família de Eli.


O marido, a outra esposa e o sacerdote

A família de Elcana era uma família piedosa que subia a Siló todos os anos. Mas o desejo de Ana por um filho era tão intenso que ela não conseguia estar feliz. Esse desejo de ter filhos era legítimo. A quem ela poderia recorrer com esse problema? Elcana, o marido, tinha filhos com sua outra esposa. Não nos é dito como ele veio a ter duas mulheres, mas seu comentário sobre ele ser melhor para ela do que dez filhos foi extremamente egocêntrico. Tampouco ele estava agindo como “coerdeiros da graça da vida” com Ana. Sim, ele a amava e deu a ela uma porção digna, mas ele não conseguia entendê-la ou ajudá-la com a dor de alma que ela sentia.


Para piorar as coisas, Penina, a outra esposa que tinha filhos, a provocava e tornava a vida miserável. Essa provocação fazia com que fosse difícil para Ana subir à casa do Senhor, pois ela não tinha filhos pelos quais agradecer ao Senhor como Penina. O melhor que Ana podia fazer nessa situação era orar ao Senhor somente.


É triste ver Eli, o sacerdote, sentado em uma cadeira junto ao templo. Ele deveria estar de pé e ministrando às necessidades do povo em vez de estar se esbaldando. Ele não teve um bom discernimento a respeito de Ana, e sua família era uma desonra para o Senhor. Todo o Israel podia ver essas falhas, mas nenhuma dessas circunstâncias impediu Ana de ir à casa do Senhor para orar. O Senhor ainda estava lá, e Ele podia responder orações. Quando Eli descobriu que ela era uma alma piedosa orando ao Senhor, ele prometeu a ela que o Senhor lhe daria a petição que ela havia feito. Ela creu na palavra e já não mais era triste. Sua humilde resposta é bela: “Ache tua serva graça em teus olhos”. Ela tratou a resposta como um ato da graça de Deus. “Bom é que o coração se fortifique com graça.” Este é um terreno de bênção garantido. Nós, com frequência, tratamos as respostas às nossas orações como algo merecido.


Consagração

O nome Ana significa “graça”. Ela fez jus ao seu nome. Quando o Senhor lhe deu um filho, ela não reivindicou o filho como seu, mas o consagrou ao Senhor. Isso não foi algum tipo de barganha com o Senhor por causa do que Ele faria ou havia feito, mas um ato voluntário de dedicá-lo ao Senhor para o Seu serviço. Aqueles de nós que são pais podem muito bem considerar esse exemplo no que diz respeito aos nossos filhos. Nós os criamos conforme nossos próprios desejos, ou para o Senhor?


Depois que Samuel foi desmamado, chegou o dia de apresentá-lo ao Senhor. Lemos, “E, havendo-o desmamado, o levou consigo, com três bezerros e um efa de farinha e um odre de vinho, e o trouxe à Casa do SENHOR, a Siló. E era o menino ainda muito criança. E degolaram um bezerro e assim trouxeram o menino a Eli” (vs. 24-25). Esses sacrifícios que acompanharam a apresentação da criança ao sacerdote têm uma lição para nós. Eles mostram que a propiciação que Cristo fez para Deus é o meio pelo qual a criança podia ser, de modo aceitável, apresentada a Deus. Os sacrifícios apresentados com o menino tornaram a criança digna de ser apresentada ao Senhor. Esta é a única base correta sobre a qual os pais podem dedicar seus filhos a Deus. Podemos pensar que o ato de consagrar nossos filhos ao Senhor seja, por si só, digno o suficiente para que sejam aceitos. E quanto mais um pai (ou mãe) piedoso investe em instruir e guiar seus filhos sem uma percepção consciente da obra de Cristo por eles e neles, mais o pai (ou mãe) será enlaçado por considerar seus filhos como aceitáveis a Deus à parte de Sua graça. Precisamos ver que tudo é por graça. Os sacrifícios que Elcana e Ana ofereceram ao dedicar a criança ao Senhor provam que eles, como pais, se apegaram ao princípio da graça.


Deixe-me repetir essas coisas de um outro ponto de vista. Quando nós, com tristeza, como pais, vemos que nossos filhos não seguem adiante no Senhor, não culpemos o Senhor por isso. Em essência, isso seria tratar tudo o que fizemos como algo que deveria ter sido aceitável a Deus. É cair da graça como a base de todas as bênçãos. Sim, somos responsáveis por fazer todo o possível para criar nossos filhos para o Senhor, mas mesmo o melhor que podemos fazer, ao consagrar nossos filhos ao Senhor, não é suficiente para torná-los aceitáveis a Deus. Perceber essas coisas nos manterá humildes e, ao mesmo tempo, nos tornará diligentes quanto à nossa família.


Humildade

Existe uma diferença entre humildade e autocondenação. Quando fracassamos com nossos filhos, devemos examinar nossos caminhos e reconhecer nossas falhas diante do Senhor. Mas arrependimento é mais do que admitir que falhamos em certas áreas, é reconhecer que tudo o que diz respeito a nós na carne é ruim. Condenar a nós mesmos pelo que fizemos é permanecer focado no objeto errado. Porventura acreditamos que, tendo uma segunda chance, faremos melhor? Vamos, antes, recorrer à graça de Deus para fazer o que não podemos fazer e, com humildade, aceitar as consequências de nossos fracassos, contando com Deus para trazer bênção.


Há também o lado soberano de Deus na questão a ser considerado. Ele tem um plano soberano de bênção para todos aqueles que Ele chamou, e nada impedirá Sua bênção. Ele é capaz até de tornar o mal em bem. O rei Davi falou disso quando percebeu que não havia mantido sua casa de maneira justa e ordenada. Ele disse, “Ainda que a minha casa não seja tal para com Deus, contudo estabeleceu comigo um concerto eterno, ordenado em todas as coisas e certo. Pois essa é toda a minha salvação e todo o meu desejo, ainda que Ele não a faça crescer” (2 Sm 23:5 – KJV). Davi reconheceu o seu fracasso, mas, assim como Ana, ele se apoiou, com fé, nas promessas de Deus de abençoar sua casa; ao mesmo tempo, foi submisso ao esperar até que fosse o tempo de Deus de fazê-la crescer. Que o Senhor nos dê essa paciência de fé n’Ele.


Adoração e louvor

Ana prosseguiu, dizendo: “Ah! Meu senhor, viva a tua alma, meu senhor; eu sou aquela mulher que aqui esteve contigo, para orar ao SENHOR. Por este menino orava eu, e o SENHOR me concedeu a minha petição que eu Lhe tinha pedido. Pelo que também ao SENHOR eu o entreguei, por todos os dias que viver; pois ao SENHOR foi pedido. E ele adorou ali ao SENHOR” (1 Sm 1:26-28). O verdadeiro coração de mãe se satisfaz quando adoração ao Senhor é apresentada por seu filho, e ela é mantida em segundo plano. A adoração e o serviço de seu filho ao Senhor são o produto de anos de trabalho cuidando da criança para o Senhor.


É bonito ver que, após entregar seu filho para servir ao Senhor, Ana não retorna para a sua antiga tristeza. Quando ela entrega seu filho ao Senhor, Ele enche o coração dela de comunhão com Ele. Ela ainda tinha tudo pelo que havia trabalhado. Seu coração não estava centrado apenas no filho, mas no Senhor com seu filho. Seu coração se encheu de louvor ao Senhor, e ela o proclamou. Sua oração que vem em seguida é realmente uma canção de louvor. Assim é, quando as mães chegam ao topo de apresentar seus filhos ao Senhor como filhos espirituais para Ele, como neste instrutivo exemplo de Ana.


D. C. Buchanan


quarta-feira, 27 de abril de 2022

Precipitado


 


“Tens visto um homem precipitado no falar? Maior esperança há para um tolo do que para ele.” [1]


Muitos de nós já tivemos momentos de arrependimento por palavras ditas precipitadamente: palavras de julgamento, palavras de reprovação, palavras falsas, palavras jactanciosas, mas todas as palavras nunca podem ser desditas, independente do quanto elas machucam. Talvez não tínhamos o intuito de machucar, mas fomos “precipitados no falar” [1], esquecendo, naquele momento, que “o coração do justo medita no que há de responder, mas a boca dos ímpios jorra coisas más” [2]. Quão bom é para nós sermos “prontos para ouvir, tardios para falar, tardios para se irar” [3], pois “na multidão de palavras não falta pecado, mas o que modera os seus lábios é sábio” [4]. Pode parecer inteligente e vantajoso querer ter uma palavra em qualquer assunto, mas “o que possui o conhecimento guarda as suas palavras, e o homem de entendimento é de precioso espírito” [5]. Quão necessário é “guardar os meus caminhos para não pecar com a minha língua” [6]. Palavras precipitadas vêm de um espírito precipitado, e “o que é de espírito impaciente mostra a sua loucura” [7]. Assim, “põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios” [8], e “sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, Senhor, Rocha minha e Redentor meu!” [9]


Palavras ditas em raiva, ditas precipitadamente,

Palavras que nunca poderemos revogar,

Palavras que causam tristeza e dor,

Mas palavras que machucam a nós mesmos, acima de tudo.


[1] Provérbios 29:20; [2] Provérbios 15:28; [3] Tiago 1:19; [4] Provérbios 10:19; [5] Provérbios 17:27; [6] Salmo 39:1; [7] Provérbios 14:29; [8] Salmo 141:3; [9] Salmo 19:14


quarta-feira, 9 de março de 2022

SÓ FALTA SUA ASSINATURA

 




















Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece. João 3:36


SÓ FALTA SUA ASSINATURA


Na imaginação popular, como também em certas atividades culturais, se fala em vender a alma para o diabo. Mediante esse pacto, diz-se que uma pessoa se coloca definitivamente sob o domínio de Satanás.


A maioria se esquece, ou nem sabe, de que não é preciso vender a alma para pertencer ao diabo. Quem não aceitou a Jesus como Salvador pessoal pertence legalmente a Satanás. Por que seria necessário que Deus desse Seu Filho unigênito, se não estivéssemos irremediavelmente perdidos?


O verdadeiro perigo é o de não entregar a alma a Deus. A obra da salvação foi cumprida por Jesus Cristo na cruz, porém é preciso aceitá-la mediante uma decisão pessoal.


Na vida cotidiana, não existe nenhum evento importante que se conclua sem nossa assinatura, a qual é a manifestação de nossa vontade.


“A graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tito 2:11). “Eis aqui agora o dia da salvação” (2 Coríntios 6:2). Tal obra de salvação, imprescindível para cada indivíduo, é atestada por Deus como um contrato, no qual falta somente a sua assinatura, querido leitor. E o tempo para assinar esse “contrato”, como todos os outros, é limitado. Portanto, não perca tempo; assine-o agora mesmo.


↪  Boa Semente


Com diferentes juntamente não

  *Com diferentes juntamente não* “Não semearás a tua vinha com diferentes espécies de semente… Com boi e com jumento não lavrarás juntament...