Ester 2
19Durante o tempo em
que as moças estavam sendo transferidas para o outro harém,
Mordecai tinha sido nomeado pelo rei para ocupar um cargo no governo.
20Seguindo o conselho de Mordecai, Ester ainda não tinha dito a
ninguém que era judia. Ela continuava a obedecer a Mordecai, como
tinha feito nos tempos de menina, quando ele a estava criando.
21Naqueles dias
Mordecai, fazendo o seu serviço no palácio, ficou sabendo que Bigtã
e Teres, dois eunucos que eram guardas no palácio, estavam zangados
com o rei e planejavam matá-lo. 22Aí Mordecai contou isso à rainha
Ester, e ela disse ao rei o que Mordecai havia descoberto. 23Houve
uma investigação, e descobriu-se que era verdade; então os dois
eunucos foram enforcados. E o rei ordenou que fosse registrado um
relatório sobre isso no livro em que se escrevia a história do
reino.
Ester 3
Hamã faz planos para
acabar com os judeus
1Depois disso, o rei
Xerxes colocou um homem chamado Hamã no cargo de primeiro-ministro.
Hamã era filho de Hamedata e descendente de Agague. 2O rei ordenou
que todos os funcionários do palácio se curvassem e se ajoelhassem
diante de Hamã em sinal de respeito. E todos os funcionários
começaram a fazer isso, menos Mordecai; ele não se curvava, nem se
ajoelhava. 3Aí os outros funcionários perguntaram a Mordecai por
que ele não obedecia à ordem do rei. 4Todos os dias eles insistiam
com ele para que obedecesse, mas não adiantava. Ele explicava que
não obedecia porque era judeu. Então eles foram contar isso a Hamã,
para ver se Mordecai continuaria a desobedecer à ordem do rei. 5Hamã
ficou furioso quando viu que Mordecai não se ajoelhava em honra
dele. 6E, quando lhe disseram que Mordecai era judeu, Hamã achou que
não bastava matar somente Mordecai; ele fez planos para matar também
todos os judeus que havia no reino de Xerxes.
7No ano doze do reinado
de Xerxes, no primeiro mês, o mês de nisã, Hamã ordenou que
tirassem a sorte (chamava-se isso de “purim”), para decidir o dia
e o mês em que os judeus seriam mortos. Foi sorteado o dia treze do
décimo segundo mês, o mês de adar. 8Hamã foi e disse ao rei:
— Por todas as
províncias do reino, está espalhado um povo que segue leis
diferentes das leis dos outros povos. O pior, ó rei, é que eles não
obedecem às suas ordens, e por isso não convém que o senhor tolere
que eles continuem agindo assim. 9Se o senhor quiser, assine um
decreto ordenando que eles sejam mortos. E eu prometo depositar nos
cofres reais trezentos e quarenta e dois mil quilos de prata para
pagar as despesas do governo.
10O rei tirou o seu
anel-sinete, que servia para carimbar as suas ordens, e o deu a Hamã,
filho de Hamedata e descendente de Agague, o inimigo dos judeus. 11E
o rei lhe disse:
— Fique com o seu
dinheiro, e essa gente eu entrego nas suas mãos. Faça com eles o
que quiser.
12No dia treze do
primeiro mês, Hamã mandou chamar os secretários do palácio e
ditou a ordem. Ele ordenou que fosse traduzida para todas as línguas
faladas no reino e que cada tradução seguisse a escrita usada em
cada província. A ordem devia ser enviada a todos os representantes
do rei, aos governadores das províncias e aos chefes dos vários
povos. Ela foi escrita em nome do rei, carimbada com o seu
anel-sinete 13e levada por mensageiros a todas as províncias do
reino. A ordem era matar todos os judeus num dia só, o dia treze do
décimo segundo mês, o mês de adar. Que todos os judeus fossem
mortos, sem dó nem piedade: os moços e os velhos, as mulheres e as
crianças. E a ordem mandava também que todos os bens dos judeus
ficassem para o governo. 14Em cada província deveria ser feita uma
leitura em público dessa ordem, a fim de que, quando chegasse o dia
marcado, todos estivessem prontos.
15O rei deu a ordem, e
os mensageiros foram depressa a todas as províncias; e em Susã, a
capital, a ordem foi lida em público. O rei e Hamã se assentaram
para beber, enquanto a confusão se espalhava pela cidade.
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